quinta-feira, 3 de julho de 2008

Meu querido pornógrafo


"Não tenho dinheiro, nem recursos, nem esperanças. Sou o mais feliz dos homens vivos. Há um ano, há seis meses, eu pensava ser um artista. Não penso mais nisso. Eu sou. Tudo quanto era literatura se desprendeu de mim. Não há mais livros a escrever, graças a Deus.
E isto, então? Isto não é um livro. Isto é uma injúria, calúnia, difamação de caráter. Isto não é um livro, no sentindo comum da palavra. Não, isto é um prolongado insulto, uma cusparada na cara da Arte, um pontapé no traseiro de Deus, do Homem, do Destino, do Tempo, do Amor, da Beleza... e do que mais quiserem. Vou cantar para você, um pouco desafinado talvez, mas vou cantar. Cantarei enquanto você coaxa, dançarei sobre seu cadáver sujo..."

Introdução ao mundo "Trópico de Câncer"

Este é meu escritor favorito... Senhoras e senhores, apresento-lhes Henry Miller. Mais conhecido pelo livro de Anais Nin "Henry & June", alias um belo filme. Adorado mais pela cena lésbica do que pelas reais razões, o maravilhoso Fred Ward como Henry Miller.

“Henry passou sua infância na Avenida Driggs em Williamsburg, Brooklyn, Nova Iorque. Mais tarde em sua juventude, era ativo no Partido Socialista (seu ídolo era o socialista negro Hubert Harrison). Tentou vários tipos de serviços e, por curto período, frequentava aulas no City College of New York. Tanto em 1928 quanto em 1929, passou diversos meses em Paris com sua segunda esposa, June Edith Smith (June Miller). Se mudou sozinho para Paris no ano seguinte, onde morou até a eclosão da Segunda Guerra Mundial. Ele viveu em condições precárias, dependendo da benevolência de amigos, tais como Anaïs Nin, que tornou-se sua amante e financiou a primeira impressão do Trópico de Câncer em 1934.

Seu estilo é caracterizado pela mistura de autobiografia com ficção. Muitas vezes lembrado como escritor pornográfico, escreveu também livros de viagem e ensaios sobre literatura e arte. O autor foi homenageado pelo célebre crítico Otto Maria Carpeaux em prefácio para o livro O Mundo do Sexo, editora Pallas 1975, Rio de Janeiro.

Henry Miller tornou-se um clássico quando publicou a trilogia "Sexus, Plexus, Nexus", que ele chamou "A Crucificação Encarnada". Como nos outros livros, esses romances narram trechos de sua própria vida, embora ele negasse. Sobre seu processo, declarou: "fiz uso, ao longo desses livros, de irruptivos assaltos ao inconsciente, tais como sonhos, fantasia, burlesco, trocadilhos pantagruélicos, etc, que emprestam à narrativa um caráter caótico, excêntrico, perplexo". Tudo isso é verdade, mas também o é que Miller vivia na pândega e descrevia isso.”

Fonte: Wikipedia


Uma dica quem quer começar por este cara ousado onde a pátria é o lugar que o aceitarem... Comece por Primavera Negra em seguida Trópico de Cancêr e já familiarizado Crazy Cock onde conta seu choque ao ver a experiência homossexual de sua companheira June.
Para encerrar uma frase que o próprio repete o tempo todo:
Sempre Alegre e Vivo!!!
Aqui o trailer de Henry & June e leiam o livro:

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