POIS SOU UM BOM COZINHEIRO - RECEITAS, HISTORIAS E SABORES DA VIDA DE VINICIUS DE MORAES

 

“Pois do que o grande amor quer saber mesmo, é de amor, é de amor, de amor a esmo; depois, um tutuzinho com torresmo conta ponto a favor… Conta ponto saber fazer coisinhas: ovos mexidos, camarões, sopinhas, molhos, estrogonofes – comidinhas para depois do amor. E o que há de melhor que ir para cozinhar e preparar com amor uma galinha com uma rica, e gostosa, farofinha, para seu grande amor?”

Para viver um grande amor

A Companhia das Letras nos deu um presente: o livro “Pois sou um bom cozinheiro”. Ele nos conta a vida gastronômica de Vinícius de Moraes, Vina para os mais chegados. O livro tem desde receitas de sua infância como “a fantástica carne assada da vovó neném”, “biscoito de araruta”, passando por pratos que o próprio fazia como “feijoada à minha moda”, “franguinho na cerveja”, incluindo aí as receitas do restaurante onde ele frequentou como o “Estrogonofe Triste” da Polonesa ou um “Steak Tartare” que ele comia em Paris. O encerramento não poderia ser melhor, chefs ,como Alex Atala, reinventam poemas em pratos como no caso de “Receita de Mulher” vira “Ravióli Crocante de Banana ao Maracujá e Sorbet de Tangerina”. Aliás, ainda em tempo, a Vanessa de Faria que abrilhanta o blog com as fotos aparece no livro como assistente das fotografias gastronômicas.

Sem falar que o livro é muito divertido contendo histórias ótimas como o “Picadinho”, que Carlos Lyra diz que ele fazia como ninguém. E como todo bom cozinheiro, incluía em seus ingredientes, na maioria das vezes, milho-verde ou em ocasiões especiais usava cogumelos. Na versão da família é apelidado de “Luiz Inácio” onde levava duas colheres de uvas-passas. Agora a parte mais hilária é quando Vina descobre ter diabetes. Segundo Toquinho, Vinicius conta como cometeria suicídio: “encheria uma banheira de água morna e comeria vários papos de anjos chegando à morte, munido de gemas e açúcar”. Um livro em homenagem ao poetinha!

Bolinhos de aipim com bacalhau

Ingredientes

1 colher (sopa) de azeite de oliva

1 cebola media picada

2 xicaras (chá) de mandioca (aipim) cozida em pouca água

2 xicaras (chá) de bacalhau dessalgado, desfiado

1 colher (sopa) de cheiro-verde picado

Sal e pimenta-do-reino a gosto

Óleo vegetal ou azeite de oliva suficiente para fritar

Preparo

1. Refogue a cebola no azeite de oliva até que murche. Acrescente o bacalhau desfiado e refogue por 2-3 minutos. Deixe esfriar.
2. Passe o aipim no espremedor, adicione o bacalhau e o cheiro-verde e tempere com sal e pimenta. Misture bem até obter uma massa maleável, mas que desgrude das mãos com facilidade.
3. Molde os bolinhos com auxilio de duas colheres de sopa (como quenelles) ou com as mãos, em forma de quibe.
4. Leve poucos por vez para fritar no óleo aquecido.
5. Sirva com molho de pimenta, azeite de oliva e limão.

16 bolinhos/ 40 minutos

POIS SOU UM BOM COZINHEIRO - RECEITAS, HISTORIAS E SABORES DA VIDA DE VINICIUS DE MORAES
Formato: Livro
Organizador: GONÇALVES, EDITH
Organizador: NARCISO, DANIELA
Idioma: PORTUGUES
Editora: COMPANHIA DAS LETRAS
ISBN: 8535922415
ISBN-13: 9788535922417