sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Pequeno grande homem



Em "O Prazer dos Olhos", Truffaut diz que Aznavouz e Jean Pierre Léaud por serem magros, mostrarem sua fragilidade são facilmente criticados. Mais Jean Pierre Léaud (para alguns o alter ego de Truffaut) era de uma fragilidade engraçada. Como em "Beijos Proibidos", quando Doinel com o lençol até o nariz, timidamente se entende com Fabienne Tabard (Delphine Seyrig), impossivel não soltar um risinho timido e conciliatorio. Ou na excelente cena de "Amor em Fuga" quando numa briga com Collete (Marie-France Pisier), Doinel salta do trem a noite, e pelo ritmo mesmo você entende o nome e o sentido do filme. O mais engraçado que os "enfant terribles" do Cahier du Cinema, Godard e Truffaut num determinado momento brigaram por ele. Na biografia de Truffaut ele fica bravissimo por que ele nunca mais pode filmar com Léaud por que Jean Luc estava fazendo: A Chinesa, Masculino/ Femino, Made in Usa... Jean Pierre foi descoberto pelo jornal numa triagem para "Os Imcompreendidos", Truffaut num primeiro momento rejeita, mais sua ousadia, seu olhar acido fazem François não negar o papel. E este menino e este homem por passarem uma infancia na marginalidade e entenderem o que é ser excluido se unem. Truffaut foi quase criado por André Bazin, assim virando critico de cinema e Léaud num momento dificil também foi criado pela familia Truffaut. Léaud tem uma caracteristica masculina que admiro, aquela quase fragilidade, a recitencia disfarçada. Hoje ele fez poucos filmes como "O Pornografo" e recentemente "Os Sonhadores" onde ele refaz a cena do discurso da Cinemateque Française defendendo atores e diretores. Com vocês toda a fragilidade e a força do nosso eterno Antoine Doinel:



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