domingo, 19 de abril de 2009

Divã



Não é o filme mais excelente do ano... O roteiro as vezes se explica muito. O que poderia fazer com imagens. Mais impossível não sair mais leve de Divã.
Mercedes ( Lilia Cabral) vai num psiquiatra de brincadeira e acaba encanrando de frente seus problemas. Descobre primeiro que o marido tem amante (e aí a grande ousadia do roteiro) , ela tem um caso com Theo (Reynaldo Gianecchini), irmão de uma aluna de matemática de Lilia que da aulas particulares. Ai a analisada da um salto entre repicar cabelo (numa cena hilária), tomar banho de chuva depois de fazer amor com a amante até o inevitável fim. Mercedes é uma mulher real, deixa o frango cru, repica o cabelo quando esta apaixonada, tem ciumes do ex-marido.
As vezes beirando ao teatral, por ter o analista uma figura de costas sem rostos e assim sua protagonista fala conosco da plateia. Alias a propria Lilia fez a peça de Martha Medeiros com Alexandra Richter e Ernesto Piccolo como o analista.
Tem algumas boas tiradas como o teste da cama de casal de Gustavo (José Mayer) e Mercedes e onde eles mostram o tédio da relação e assim encerram o casamento. E frases bonitas como a última noite em que dormem juntos e Gustavo diz que pode ser um fim bom e Lilia: - Gustavo é o fim. Se fosse bom seria o começo.
Além do mais o filme fala de perdas como a da mãe de Mercedes com 8 anos de idade até o drama de sua amiga Mônica (Alexandra Richter) que vai desde do ciumes pelo marido bonitão até a cumplicidade com sua melhor amiga falando com o ex Gustavo.
Divã é um filme que podemos nos conformar com nós mesmos ou até mudar de atitudes.


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