sábado, 27 de junho de 2009

Floresta dos Homens Livro


Como já mencionei antes que tem certas horas que você se sente um pouquinho como os homens livro (os subversivos que decoravam livros para preservar cultura) de Fahrenheit 451. Vou explicar... Não, não preciso decorar TODO o livro na Lima Barreto. Acontece que quando entrei sem saber nada de livros, apenas muito de filme, com tempo nomes como Philiph Roth, Muriel Barbery, Mia Couto começam a fazer parte do dia a dia.
Bom o dia a dia de livraria é meio normal, fora limpar estantes e etc que sou pessima faxineira, cadastra-se livros, e coloca na estante vendo se aquele lugar para o publico é o melhor.
As vezes a gente se sente meio naufrago recebendo presentes dos ceus como A Morte do Gourmet de Barbery por exemplo, ou a edição de bolso de Aos meus amigos da Maria Adelaide Amaral. Tirando um dia ou outro que veem uma caixa cheia de Lair Ribeiro.
O mais gostoso quando você esta sozinha na Livraria sem clientes e um silencio absurdo ai você vee um livro na estante e pega, senta e lee começa a mergulhar neste mundo do autor.
Sem falar de alguns clientes que as vezes dou apelido pelo assunto ou o livro que a pessoa comprou como certos clientes que apenas penso "Lá vai Hannah Arendt" ou "Olha o Benjamim Button".
Bom capitulo clientes sempre terá controversias como atitudes mais irritantes. Aqui vão algumas:
  • Você quer ficar sozinha na livraria e ler um livro, um cliente pega um quadrinho e fica 1 hora rindo baixinho.
  • 3 clientes ao mesmo tempo querendo ser atendidos na mesma hora sendo de um tem dois livros para presente, outro um livro dos mais vendidos e está atrasado para o cinema e o terceiro faz um cheque lentamente atravacando toda a fila.
  • Você estar cadastrando os livros e sua mesa cheia de livro, um cliente sem querer derruba tudo.
Claro que também tem coisas boas. Clientes que viram amigos e parceiros. Já ganhei presentes, dicas e ganhei conhecimento de livros e dvds.
Outro dia uma cliente que sempre passa e pede livros da Hedra mencionou que me viu dando entrevista no canal universitário e ainda me indicou o Pallas Athena para fazer workshop.
Livro apenas não é cultura tem milhares de pessoas por tras deles, não apenas autor, editor, revisor, entregador e vendedor. Tem o cliente que apenas olha e mesmo não comprando você sabe que este levará algo para casa.
Uma historia que é um bom exemplo foi quando a muito tempo entrei na antiga Livraria Quinta Avenida (na Av. Paulista) e queria algo para me direcionar, o vendedor foi tão perspicaz que tirou de uma das estantes Primavera Negra de Henry Miller. Este livro não apenas mudou minha visão de mundo como fiquei fã de Miller.
Por isso respeito este trabalho milenar do livreiro.

Um comentário:

Spertnez disse...

Nunca fui de ler muitos livros, ultimamente ando lendo alguns de informática muito mais por necessidade. Os poucos que leio por prazer são os militares e de autores estrangeiros, como a Águia Pousou de Jack Higgins , A sombra de todos os Medos de Tom Clancy, Stalingrado O cerco Fatal de Antony Beevor que também escreveu Berlim 1945 (esse ainda não li mas será o próximo). No mais leio muitas revistas.

Curti seu blog, parabens pelo bom gosto.

http://gustasou.blogspot.com/